Criação de ovinos muda a realidade de agricultores no sertão de Alagoas

sábado, 19 de março de 2011

Por meio de um programa do governo estadual, eles recebem de graça os animais e devolvem depois que a atividade de criação começa a crescer.

A criação de ovinos está mudando a realidade de pequenos agricultores do sertão de Alagoas. Por meio de um programa do governo estadual, eles recebem de graça os animais e devolvem outras ovelhas e carneiros assim que a atividade começa a crescer.

Elma Vieira ficou feliz ao receber sete ovelhas e um carneiro da raça santa inês. A nova criação vai ajudar no orçamento. Além dela, mais 99 produtores das cidades de Pão de Açúcar e Santana do Ipanema, sertão alagoano, receberam cabras e carneiros em mais uma etapa do "Alagoas Mais Ovinos".
O programa já distribuiu mais de 4 mil ovinos. Cerca de 600 famílias foram beneficiadas. A ideia da Secretaria Estadual de Agricultura é aumentar o rebanho, melhorar a genética dos animais e também a renda dos pequenos produtores.

O "Alagoas Mais Ovinos" existe há um ano e funciona assim: o governo do estado distribui sete ovelhas para cada produtor e um carneiro reprodutor, que é dividido entre quatro famílias. Depois de um ano, os produtores começam a devolver os animais. São duas ovelhas devolvidas por ano e, por último, o reprodutor. Os ovinos devolvidos são destinados a outras famílias de pequenos produtores e começa um novo ciclo.

Maria Dantas planta palma e milho. A produtora recebeu os ovinos há um ano. Hoje, o rebanho já soma 26 animais, 19 são dela. “Com certeza aumenta a renda e vai aumentar ainda mais”. Ela cria os animais com a ajuda do marido, Paulo Ventura. Eles ainda não comercializaram as ovelhas, mas já fazem planos pensando nos lucros. A arroba do carneiro está custando R$ 150 em Alagoas.

O casal conta com assistência técnica de um veterinário, que faz visitas periódicas ao rebanho. “A gente procura como principal apoio mostrar a parte de cuidados com o casco dos animais, o controle dos vermes e a limpeza do local onde eles dormem”, contou João Queiroz.

E não é só a carne do ovino que tem valor no mercado. O couro também é aproveitado. Em uma associação, no município de Batalha, sertão do estado, 16 artesãos trabalham diariamente na produção de sandálias, bolsas, chaveiros. Tudo é feito com a pele dos ovinos.

 

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